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Câncer Renal

O câncer de rim surge a partir de células que revestem os pequenos canais microscópicos do órgão responsáveis por filtrar o sangue e drenar a urina. A doença é relativamente incomum, correspondendo a cerca de 3% a 5% de todos os tipos de câncer no organismo humano.

No mundo, cerca de 150 mil pessoas são diagnosticadas anualmente com câncer de rim, e esse número vem subindo gradativamente. No Brasil, são 6.270 novos casos por ano, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse tipo de tumor é mais frequente em homens do que em mulheres, numa proporção aproximada de 2 para 1.

Quais os tipos de tumores que atingem o rim?

Os tumores de rim se diferenciam de acordo com a célula de origem no órgão. O tipo mais frequente é o câncer de rim de células claras, que corresponde a cerca de 70% a 80% dos casos.

Qualquer um desses tipos de câncer de rim pode ter o chamado componente sarcomatoide, o que indica um tumor indiferenciado, com maior potencial de agressividade.

Quais os principais sintomas que um paciente pode apresentar?

Há um grande número de sintomas que podem estar presentes nos pacientes com câncer de rim. Porém é sempre importante lembrar que o sintomas, geralmente, surgem em fases mais tardias da doença. Os mais comuns são:

  • Sangramento na urina
  • Dor lombar ou abdominal lateral
  • Sensação de uma massa abdominal

Esses sintomas merecem atenção, principalmente se você tem mais de 65 anos, pois a maioria dos casos ocorre a partir dessa faixa etária.

E como é realizado o diagnóstico do Tumor Renal?

Com frequência, os pacientes são diagnosticados com tumor de rim antes do desenvolvimento de qualquer sintoma aparente. Na maioria das vezes, o que ocorre é o diagnóstico incidental, ou seja, o tumor é descoberto durante um exame de imagem abdominal, como ultrassom ou tomografia, que a pessoa foi realizar em razão de outra doença – apendicite, colecistite, etc.

Lesões tumorais suspeitas no rim podem ser submetidas à biópsia, mas o mais comum é realizar a cirurgia diretamente para a retirada (ressecção) do tumor. O diagnóstico definitivo só é feito com a análise do tumor em microscópio.

Para definir o estágio da doença, seu médico solicitará a realização de exames de imagem, que podem incluir tomografia, ressonância magnética e/ou cintilografia óssea. Os resultados permitem identificar o tamanho do tumor e verificar se houve invasão de órgãos adjacentes ou de órgãos mais distantes (as chamadas metástases).

Como é realizado o tratamento quando se identifica uma lesão no rim?

Em estágios iniciais o tratamento padrão é a cirurgia. Se o tumor for pequeno e de localização favorável, o cirurgião dará preferência à retirada somente da parte do rim com o tumor. A remoção total do órgão é realizada apenas nos casos mais avançados ou quando a localização do tumor não permite a ressecção parcial.

Além da cirurgia convencional (por meio de incisões abertas), atualmente existem alternativas de procedimentos minimamente invasivos, via laparoscopia ou cirurgia robótica, estas com benefícios para o paciente, pois permitem uma recuperação mais fácil e rápida. Hoje por pequenos cortes menores que 1cm, consegue realizar a retirada parcial do rim pelo método robótico, preservando maiores partes do rim, sendo menos agressivo e trazendo uma reabilitação mais precoce.

E qual a melhor forma de prevenir o Câncer de Rim?

A melhor maneira de prevenir o câncer de rim é adotar hábitos saudáveis, como não fumar e manter o controle de peso por meio de uma alimentação adequada e prática de atividade física regularmente, e controlar doenças que levam à insuficiência renal crônica, como hipertensão e diabetes.

Para a população em geral, não existe até o momento nenhuma estratégia para rastreamento ou detecção precoce do câncer de rim.

Quais novidades vêm surgindo no tratamento do Câncer de rim?

Estão em estudo novas estratégias de tratamento de tumores de rim, com a utilização de mecanismos que destroem o tumor sem a necessidade de realização da cirurgia. Esses procedimentos são a ablação por radiofrequência e ablação por crioterapia. O primeiro ataca o tumor por meio do calor de ondas de rádio de alta energia; o segundo, por meio do frio. Esses recursos são adotados apenas em casos selecionados, nos quais não é possível a realização de cirurgia. Nos últimos anos, a crioterapia vem sendo utilizada com resultados muito animadores.

Além disso, para os nossos pacientes de Bauru e região temos a oportunidade de realiza a cirurgia sob a técnica Robótica na nossa própria cidade, no Hospital da Unimed Bauru.